segunda-feira, 4 de junho de 2012

SEGUNDA GUERRA CIVIL SUDANESA

O acordo que acabou com a guerra em 1972 não conseguiu acabar por completo as tensões que originalmente causaram, levando a um reacender do conflito norte-sul.
Após a primeira guerra civil sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983.
 
A segunda guerra civil sudanesa (1983-2005) foi um conflito bélico entre a parte norte do Sudão e a parte sul. Teve início em 1983, quando o presidente Jaafar Nimeri quebrou o acordo de paz (ele não concordava com esse acordo e lentamente erodia os termos desse acordo) e anunciou que iria transformar o Sudão em um estado Árabe. A população do norte do Sudão é mulçumana com cultura árabe e a, do sul do Sudão são animistas e cristãs com cultura Sub-saarina. Jaafar Nimeri fez uma “redivisão” do sul, aboliu o governo regional e redesenhou a fronteira norte-sul para incorporar a região de Abyei, onde o petróleo foi descoberto em 1981 e ficava localizada no Sudão do Sul. Essa região ficaria na parte do norte do Sudão.
 
Onde o governo mulçumano do norte tentou impor a Sharia em todo o país, ou seja, tentou impor leis islâmicas (penas severas, uma delas era a amputação por furto) inclusive no sul do país, onde a maioria da população é cristã e animista.
 
Esse conflito ocorreu principalmente no sul do Sudão e foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX.
 
Após três anos de negociações o conflito foi encerrado com a assinatura do tratado de Naivasha ou Amplo Acordo de Paz. O acordo foi assinado pelo vice-presidente do Sudão, Ali Osman Taha, e o líder do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M), John Garang. Que foi assinado na cidade de Nairóbi, capital do Quênia em 9 de janeiro de 2005 dando encerramento ao conflito entre o governo do Sudão e os rebeldes do sul. Ele foi assinado com a vontade de 98% dos votos favoráveis à independência.
 
Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se em estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado membro das Nações Unidas (ONU). O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011.
 
O confronto entre diferentes grupos religiosos durou 22 anos e provocou a morte de mais de 2 milhões de habitantes (como resultado da guerra: fome, doenças) e além d 4 milhões de refugiados e deslocados internos. O Sudão do Sul nasce como uma nação pobre, carente de infraestrutura e energia elétrica, apesar se ser uma região rica em petróleo localizado na região de Abyei. Porém é o norte que se encontram os oleodutos e os portos. O número de mortes de civis é um dos mais altos do que qualquer guerra desde a segunda guerra mundial.

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